REDINHA – Rede de Inteligência em Saúde Digital
Líderes e participantes da equipe
Marcelo Alcantara Holanda, Mauro Oliveira, Alice Pequeno, Anya Vieira Meyer, Silvio Ramos, Samuel Façanha
Objetivo do projeto
Criar uma rede estadual de inteligência em saúde e consolidar o Centro de Inteligência em Saúde do Estado do Ceará, o CISEC (https://cisec.esp.ce.gov.br/) e desenvolver um Sistema Integrado de Gestão e Registro Digital em Saúde, envolvendo o ecossistema de inovação na definição de padrões de interoperabilidade que garantam que os atuais e novos componentes tecnológicos da gestão em saúde estejam integrados oferecendo a Gestores, Profissionais e Cidadãos, uma experiência completa e única dos Prontuários de Saúde, Sistemas de Atendimento/Agendamento, Plataformas de Gestão e Inteligência, entre outros. Adicionalmente, este sistema pode ser expandido, e ou se conectar com outros sistemas, possibilitando atividades mediadas por tecnologia no cuidado e formação profissional (e.g., rede integrada de prontuários eletrônicos de todos os níveis de cuidado, segunda opinião de casos clínicos [síncronos e assíncronos], telemedicina). O CISEC será o HUB do processo vindo a orquestração da Rede a partir da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP).
Justificativa
Entende-se como inteligência em saúde o processamento de dados relevantes à saúde, à análise e à interpretação, que culmina com a geração de produtos úteis para que profissionais de saúde pública, gestores, formuladores de políticas e, em última análise, a sociedade possa compreender o impacto das informações obtidas sobre a saúde em seus contextos mais amplos. Com base nesse conceito, a inteligência sobre o dia a dia é utilizada rotineiramente para informar gestores sobre conteúdos urgentes que demandam atenção iminente. Da mesma forma, a inteligência sobre fatos pretéritos toma a forma de pesquisa, com o objetivo de estruturar conhecimento sólido o suficiente sobre condições e causas de eventos que permitam extrapolações para o futuro (i.e., estimativas), podendo ser usada como ferramenta para antecipação de medidas governamentais que impactem a saúde. Assim, faz-se necessário dar um salto qualitativo que possibilite transpor um ambiente ultrapassado, baseado em informações analógicas incompletas, dispersas e não estruturadas. Essa realidade ainda é presente na gestão da saúde. Ademais, a possibilidade de termos um sistema com interoperabilidade e acesso à informação em vários níveis de governança possibilita o conhecimento da realidade de um determinado território (desde área adscrita a uma unidade de saúde até o Estado como um todo) para a avaliação das situações de saúde-doença, vetores, questões ambientais, realidade social e adequado planejamento e monitoramento de políticas, práticas e ações apropriada a cada realidade e por pessoas (e.g., gestores, profissionais de saúde, pesquisadores) envolvidas nos diversos níveis de governança. A implantação da REDINHAS permitirá esse salto inovador na gestão da saúde pública no CE.
Etapas de Implantação (COMO?)
Etapa | Descrição | Stakeholders |
01 | Mapeamento e mobilização de gestores estaduais e municipais de saúde | ESP, SESA, SECITECE e Fiocruz |
02 | Mapeamento das ações desenvolvidas pelo governo federal referentes a bancos de dados em saúde e desenvolvimento social, prontuários eletrônicos, e plataformas de análise de dados para tomada de decisão | ESP, MS, MDS e Fiocruz |
03 | Elaboração do modelo de governança da rede | ESP, SESA, Secretarias Municipais de Saúde, SECITECE, FUNCAP,
Fiocruz, ICTs públicas e privadas |
04 | Construção da agenda de prioridades da rede | ESP, SESA, Secretarias Municipais de Saúde, SECITECE, FUNCAP,
Fiocruz, ICTs públicas e privadas |
05 | Definição do modelo de financiamento para os projetos | ESP, SESA, Secretarias Municipais de Saúde, SECITECE, FUNCAP,
Fiocruz, ICTs públicas e privadas |
06 | Captação de recursos | ESP, MS, SESA, Secretarias Municipais de Saúde, SECITECE, FUNCAP, Fiocruz, ICTs públicas e privadas |
07 | Desenvolvimento do Sistema Integrado de Gestão e Registro Digital em Saúde | ESP, SESA, Secretarias Municipais de Saúde, SECITECE, FUNCAP,
Fiocruz, ICTs públicas e privadas |
08 | Desenvolvimento de módulos de acesso de dados diferenciado para os diversos níveis de governança | ESP, SESA, Secretarias Municipais de Saúde, SECITECE, FUNCAP,
Fiocruz, ICTs públicas e privadas |
Resultados
- Fortalecimento da articulação intersetorial, incorporando a ciência de dados aplicada à gestão em saúde e contribuindo para as políticas públicas em saúde;
- Aumento da eficiência e eficácia do sistema de saúde pública do CE a partir do uso racional de recursos e da realização de ações preventivas e da mobilização de recursos com base em informações de inteligência em saúde;
- Possibilita agilidade de informações para avaliação, planejamento e gestão de ações de saúde (com dados atualizados e referentes a área de interesse) sob medida para as diversas realidades dos territórios;
- Redução de sobreposição de esforços e de recursos humanos e financeiros em saúde pública no CE.
Beneficiados
- População, profissionais de saúde e gestores públicos do CE
Metas e indicadores
Meta | Indicador |
184 secretarias municipais de saúde mobilizadas para a construção da rede | número de SMS articuladas e aderentes à rede |
Modelo de governança da rede elaborado | percentual das instituições anuentes com o modelo de governança proposto |
Agenda de prioridades da rede definida e pactuada entre os membros | percentual das instituições anuentes com a agenda proposta |
Definição do modelo e fontes de financiamento para os projetos | Quantidade de editais abertos que possibilitem o financiamento da rede |
Recursos captados e aplicados | percentual dos recursos executados |
Desenvolvimento do Sistema Integrado de Gestão e Registro Digital em Saúde | Número de gestores em saúde utilizando o sistema |
Desenvolvimento de módulos de acesso de dados diferenciado para os diversos níveis de governança | Número de módulos de acesso de dados diferenciados para os diversos níveis de governança |
Próximos passos
- Pactuação com secretarias de governo, instituições de fomento públicas e privadas, ICTs para definição de modelo de financiamento da rede.
- Estabelecimento de marcos legais que apoiem e dêem sustentabilidade à rede.
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